A Cidade

História

 

O NOSSO MUNICÍPIO

Simões Filho é a 7ª economia do Estado da Bahia, e caminha cada vez mais na melhoria de condições de renda e qualidade de vida de sua população.

A apenas 20 km de Salvador, Simões Filho é considerada um dos mais fortes polos industriais da Bahia, possuindo hoje quase 200 indústrias nos mais diversos seguimentos e um porto natural extremamente protegido a baía de Aratu, importante fator para escoamento de produção das indústrias locais.

 

BRASÃO

Símbolo da nossa identidade, o Brasão das Armas do Município de Simões Filho, foi criado em 13 de maio de 1963, época em que Cícero Simões era o Prefeito Municipal e Amphilóphio Bandeira Carvalho o seu Secretário, pela Lei nº 1 de 13 de maio de 1933 e é constituído por:

a)      Escudo de prata, em leão rompante, de preto lampassado e armado de vermelho, gotejado de ouro, segurando na dextra uma espada flamejante.

b)      Insígnias: Municipais, coroa mural de quatro torres de prata.

c)      Lema: “ Ângelus Pacis” de prata num listel preto.

 

HISTÓRIA DA CIDADE

 

O município de Simões Filho, antigo distrito de Água Comprida, tem sua historia marcada pela herança colonialista portuguesa e se inicia com o cultivo de cana-de-açúcar que perdurou entre os séculos XVI e XVII.

Posteriormente, com a devastação das matas aparecem os engenhos de Bois de Moenda. O local onde atualmente é o centro urbano era ocupado pela Usina de Engenho Novo.

A emancipação do distrito de Água Comprida se deu através de esforços de um grupo de moradores que por volta de 1960 reuniam-se, liderados pelo Sr. Walter José Tolentino Álvares, para tratar dos problemas comunitários.

Antes pertencente ao município de Salvador, o distrito foi emancipado em 07 de novembro de 1961 através da Lei Estadual nº 1538, passando ser denominado de Simões Filho, em homenagem ao jornalista Ernesto Simões Filho que havia exercido os mandatos de deputado Estadual e Federal, Ministro da aviação e da Educação, além de ter sido candidato a governador da Bahia e Senador da República.

 

HISTÓRIA DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

Por volta de 1960, um grupo liderado por Walter José Tolentino Álvares, costumava reunir-se para analisar os problemas da comunidade do distrito de Água Comprida. Convidado a tomar parte em uma dessas reuniões, o Dr. Irênio Chaves, engenheiro agrônomo do Ministério da Agricultura, presidente da Sociedade Cultural e Beneficente de Água Comprida, residente no distrito, pesquisou sobre a oportunidade da emancipação do município, levando o grupo a investigar e analisar as possibilidades.

Foi nesta época que o Sr. Irênio Chaves fez o primeiro Projeto de Emancipação de Água Comprida, o qual não obteve êxito devido à falta de interesse de um deputado estadual que recebeu a incumbência de trabalhar na Assembleia Legislativa pela libertação do distrito.

Verificou-se através de pesquisa do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística, que no distrito de Água Comprida, existiam 15.000 habitantes, o que possibilitaria a reivindicação de transformar a comunidade em município.

Em 1961, Hermínio Manoel Bonifácio, o popular “Mimi” foi encarregado de participar ao deputado Padre Luiz Palmeira, a decisão dos habitantes do distrito.

À época, o prefeito da cidade (de Salvador), Heitor Dias Pereira, ao tomar conhecimento da reivindicação dos moradores do distrito de Água Comprida, procurou dificultar a ação, pois não era de interesse da Prefeitura de Salvador, perder a renda proporcionada pela Fábrica de Cimento Aratu, pela Cerâmica Senhor do Bonfim, e outras empresas, chegando a enviar cinco sindicalistas ao distrito, para ajudar contra a reivindicação.

Em 27 de julho do mesmo ano, Astério Andrade, Aniceto dos Santos, Walter Tolentino Álvares, Hermínio Manoel Bonifácio e mais cinco sindicalistas reuniram-se com o deputado Padre Luiz Palmeira e, em acirrada discussão, decidiram continuar a luta. No dia seguinte, o Padre Luiz Palmeira procurou o Vice-Governador, em exercício, Dr. Orlando Moscoso Barreto de Araújo, que substituía o Governador General Juracy Montenegro Magalhães, recebendo o comunicado de que um plebiscito já havia sido autorizado pela justiça, para definir se os moradores queriam ou não a emancipação.

Numa noite memorável, na Escola Clarice Ferreira, onde se realizava uma Assembleia para discutir o plebiscito, o Padre Luiz Palmeira, fez uso da palavra e “com sua pujança de guerreiro e sua exímia eloquência de tribuno, aliada às suas inteligentes réplicas, foi eliminando um a um os contra a emancipação” (Apolinário da Hora – Água Comprida – 2005).

O Deputado Padre Luiz Palmeira convocou todos os deputados que faziam parte da Comissão de Municipalidades, na Assembleia Legislativa, aprovando o projeto de emancipação do município sem a necessidade de realização do plebiscito. A Lei nº  1.538 de 07 de novembro de 1961, foi sancionada pelo Vice-Governador, criando assim o nosso município.

No dia seguinte, uma caravana composta pelo deputado Padre Luiz Palmeira, vereadores de Salvador e convidados, foi recebida por Altamirando de Araújo Ramos e sua esposa Sra. Noêmia Meireles Ramos que, reunindo-se aos emancipadores e comunidade, comemoraram o feito.

As eleições para prefeito e vereadores, foram realizadas em 03 de outubro, de acordo com o art. 3° da Lei 1.538, sendo eleito o Dr. Cícero Simões da Silva Freitas, o primeiro Prefeito de Simões Filho.

A instalação do município e posse dos eleitos efetivou-se em 07 de abril de 1963, ficando o seu território, provisoriamente, sob a administração do município de Salvador, que ficou obrigado a aplicar no distrito de Água Comprida, até a sua emancipação definitiva, 70% da renda arrecadada no mesmo.

Antes da legislação própria, vigorou a do município de Salvador, salvo a Lei Orçamentária, que foi decretada quinze dias após a instalação do município por ato do prefeito Cícero Simões, mediante proposta do Departamento das Municipalidades.

A segunda pessoa a ocupar o poder executivo através de eleição direta, foi a Sra. Noêmia Meireles Ramos e, a terceira, o Dr. Berlindo Mamede de Oliveira.

Em 22 de junho de 1972, através do Decreto Lei nº 1.225, o município foi considerado área de segurança nacional, passando a ser administrado pelo Prefeito nomeado.

Por conta desse decreto, a população do município deixou de participar diretamente da escolha de seu prefeito, ficando tal encargo com o Presidente da República, que logo designou como Prefeito o engenheiro Walter Aragão de Souza, que governou de fevereiro de 1973 a janeiro de 1976.

O segundo prefeito, designado pelo Presidente da República foi o engenheiro civil Dr. João Filgueira Simões Filho, que governou o município de janeiro de 1976 a dezembro de 1985. Com a abertura política, o município deixou de ser área de segurança nacional, readquirindo o direito de escolher diretamente, através do voto, seus dirigentes o que voltou a ocorrer em 15 de novembro de 1985, sendo eleito o Sr. Eduardo de Santana Simões, que governou de janeiro de 1986 a dezembro de 1988.

Em seguida o município foi governado pelo Dr. Berlindo Mamede de Oliveira de 1989 a 1992, pelo Dr. José Eduardo Mendonça de Alencar de 1993 a 1996, pelo Sr. Edson Almeida de Jesus de 1997 a 2000, pelo Dr. José Eduardo Mendonça de Alencar de 2001 a 2004, pelo Sr. Edson Almeida de Jesus de 2005 a 2008, pelo Dr. José Eduardo Mendonça de Alencar de 2009 a 2012 estando agora em seu segundo mandato consecutivo, e sendo o primeiro Prefeito na história de Simões Filho a ser eleito por quatro vezes.

 

OS PREFEITOS

  1. Cícero Simões, de 1963 a 1966;
  2. Noêmia Meirelles Ramos, de 1967 a 1970;
  3.  Berlindo Mamede de Oliveira, de 1971 a 1972;
  4. Walter Aragão de souza, nomeado de 1973 a 1974;
  5. João Filgueiras Simões, nomeado, de 1975 a 1985;
  6. Eduardo Santana Simões, de 1986 a 09.12.88; (Em 1986 o município deixou de ser área de Segurança Nacional e voltou a eleger seus representantes);
  7. Adolfo Cezimbra Tavares, de 09 a 31.12.88;
  8. Berlindo Mamede de Oliveira, de 1989 a 1991;
  9. José Eduardo Mendonça de Alencar, de 1992 a 1996;
  10. Edson Almeida de Jesus, de 1997 a 2000;
  11. José Eduardo Mendonça de Alencar, de 2001 a 2004;
  12. Edson Almeida de Jesus, de 2005 a 2008;
  13. José Eduardo Mendonça de Alencar, de 2009 a 2016;
  14. Diógenes Tolentino de Oliveira, de 2017 a 2020;

 

 

 

Hino

Hino de Simões Filho

Sobre os montes de verdes pastagens
És grandeza de raro fulgor
Vai além de teus feitos o nome
Simões Filho cidade esplendor

Os teus campos de verdes riquezas
Tuas indústrias de nobre progresso
O teu povo de raça e esperança
És o orgulho de nossa nação

Terra bendita de céu estrelado
Ergues teu brado a bandeira empunhas
Com sangue e trabalho, escreves tua história
Simões Filho és formosa, mais amada do Brasil

Entre outras de glória ofuscada
Com teu brilho a grandeza conduz
No presente o futuro vislumbra
Simões Filho, cidade de luz

REFRÃO
Os teus campos de verdes riquezas
Tuas indústrias de nobre progresso
O teu povo de raça e esperança
És o orgulho de nossa nação.

Letra: Fábio Temeson

Música: Adalto Benedito

 

 

 

 

Economia

ECONOMIA

No contexto econômico, podemos considerar o Centro Industrial de Aratu – CIA e o Complexo Petroquímico de Camaçari – COPEC como sendo os dois marcos mais importantes para a economia local.  A atividade agropecuária, com baixa representatividade, também se faz presente no município, destacando-se o cultivo de banana, coco-da-baía, cacau (amêndoa), manga, goiaba, laranja e pimenta do reino e a criação de bovinos, suínos e ovinos.

O CIA

A expressividade do Centro Industrial de Aratu – CIA

O centro industrial de Aratu foi criado através da Secretaria de Desenvolvimento, a partir do Decreto Estadual nº 19.332 de 11 de novembro de 1964 e ocupa efetivamente parte dos municípios de Candeias, Salvador e Simões Filho. Como parte das estratégias governamentais “o CIA já surgiu inserido no programa da SUDENE” (CONDER, 1980).

Mesmo não tendo atendido todas as expectativas desenvolvimentistas objetivadas pela sua criação, o CIA representou a indústria baiana e nordestina nas décadas de 1960/70, adquirindo grande importância na Região Nordeste e no Brasil, pois foi um projeto pioneiro na organização e integração de segmentos industriais diversos. Para o município de Simões Filho, o CIA foi um dos mais relevantes fatores de dinamismo, pois recém emancipado, o município não tinha em sua organização econômica segmentos industriais, exceto uma fábrica de cimento. Sua população era essencialmente rural. Com a implantação do CIA a economia do município ganhou destaque na Bahia. Sua população que na década de 1960 era em torno de 10 mil habitantes, mais que duplicou na década seguinte, alcançando os 22 mil habitantes. Esse contingente populacional foi fruto do forte fluxo imigratório para este município, motivado exclusivamente pelas expectativas oferecidas pelas indústrias que compunham o CIA.

Esse centro industrial foi implantado contendo, em sua estrutura organizacional, indústrias de vários gêneros, destacando-se dentre eles o de minerais não-metálicos, metalurgia, química e mecânica.

 

COPEC

A influência do COPEC no Município

O complexo Petroquímico de Camaçari – COPEC surgiu da necessidade de explorar-se o ramo petroquímico na Bahia e no Nordeste. Sendo este um dos ramos industriais mais dinâmicos e com grande capacidade de disseminação de altas tecnologias foi de grande interesse do Estado a vinda desse complexo para a Bahia.

A localização do COPEC no município de Camaçari foi estrategicamente planejada pelo Estado, pois neste local o complexo teria bem mais próximo, muitos dos insumos industriais que precisaria para seu funcionamento, pois à apenas 35 km localiza-se a Refinaria Landulpho Alves – RLAM, além do CIA.

O COPEC também foi um dos incentivadores à instalação de novas indústrias no CIA. Sendo assim, este Complexo influenciou direta e/ou indiretamente no crescimento populacional e econômico de Simões Filho, já que as indústrias implantadas neste município, por influência do COPEC, atraíram mão-de-obra de outras regiões da Bahia e de outros Estados brasileiros, o que provocou relevantes mudanças no panorama socioeconômico municipal.

 

IDE

Índice de Desenvolvimento Econômico – IDE Simões Filho

O Índice de Desenvolvimento Econômico – IDE é um indicador econômico resultante da análise dos níveis de infraestrutura (INF) e qualificação de mão-de-obra (IQM) existentes e da renda gerada localmente (IPM). Segundo o IDE publicado pela SEI (2002) o município de Simões Filho aparece como a quinta economia baiana em 1998. Comparado aos demais municípios da Região Metropolitana de Salvador, o município classifica-se como a quarta economia da região.

 

 

 

 

Informações Geográficas

 

ÁREA TERRITORIAL  

Limitando-se administrativamente com os municípios de Camaçari, Candeias, Lauro de Freitas e Salvador, Simões Filho está localizado a uma atitude média de 120m, possui uma área territorial de 201,222 km² e é cortado pelo paralelo de 12° 47’ Sul e pelo meridiano de 38° 23’ Oeste distanciando-se 22 km da capital do Estado.

DADOS POPULACIONAIS

Simões Filho tem 118.047 habitantes. A população urbana soma 105.810 pessoas e a população rural é de 12.238 moradores de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, realizado em 2010.

CLIMA – RELEVO – HIDROGRAFIA

Devido a grande proximidade do litoral, Simões Filho apresenta clima úmido com temperaturas médias anuais de 24,7º C, pluviosidade média anual entre 1600 e 2000mm, sendo que as maiores concentrações pluviométricas ocorrem entre os meses de abril e junho.

As formas de relevo predominantes no município são os Tabuleiros Pré-Litorâneos, as Planícies Marinhas e Fluviomarinhas e as Baixadas Litorâneas, associadas a uma geologia com presença de conglomerados, gnaisses, arenitos, depósitos fluviais e costeiros (areais de praias, dunas mangues, terraços e cordões litorâneos).

A hidrografia é composta pela bacia do rio Joanes, sendo os principais afluentes os rios Córrego Cantagalo e o Córrego Muriqueira. Ao longo da bacia aparecem as represas Joanes I, Joanes II, Ipitanga II e Ipitanga III, importantes para o abastecimento de água da Região Metropolitana de Salvador.